terça-feira, 18 de agosto de 2009

Fornalha da Peneda



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Cada vez com mais frequência sou assaltado por momentos de insanidade e entusiasmo exagerado, não sei qual a razão mas suponho que as companhias do pedal, e as leituras dos engrandecidos relatos do fórum contribuem para este tipo de delírios.

Foi num desses momentos que nasceu a atracção Peneda.
Três habilidosos foram sorteados para me fazerem companhia, depois de muita parra, dois lá se decidiram e um outro desculpou-se com uma migração para sul para uns tórridos banhos ultravioleta....

A ideia era dois dias terrenos pela serra da Peneda e arredores, mas o aquecimento global da coisa e a indisponibilidade de outros fizeram com que o ataque a serra se resumisse a um só dia.......
Algo a rondar os 100 kms .

Mais uma vez a partida em Ponte de Lima se fez pelas 8,15 horas, as delicias da eco via ligaram a Ponte da Barca e num Pulo Arcos de Valdevez …...

Na Praia fluvial do Rio vez já uma quantidade considerável de banhistas se deliciava sensatamente,
o meu hipotálamo dava o primeiro alerta de desconforto e aprovava a inteligência dos molhados …


Comecei a poupar no ritmo que até ali era de Folk, mas deveria de ser de Lambada, a contribuição para a altímetria ainda mal tinha começado e o meu corpo já dava sinais de desconforto.

Riba de Nogueira foi o destino seguinte, sobre o Vez mora uma pequena ponte que serve os campos agrícolas mais próximos, neste local cria-se um Oásis com umas sombras refrescantes levariam os mais inteligentes a ficar por ali a apreciar o prazer do descanso.
Mas após a barra de palha os meus companheiros rapidamente me lembram que a tarefa ainda está no inicio.

Em são cosme começam os trilhos manhosos desenhados pelo entendido do gps, a custo lá se foi ganhando altitude, mas de repente o esforço feito traduziu-se numa rápida descida até a cabreiro,

Novamente no vale do vez a estrada era compensada pela paisagem verdejante.
Sistelo uma freguesia entranhada entre o rio e a serra é local da próxima paragem, um grupo de escuteiros fez as honras da casa recebendo-nos com um sonante rufar de bombos e gaita de foles,
Vi o Claviculas e o Myrage a ensaiarem um tímido passinho de dança que acompanhei com leve bate pé, visto as dores de anca já me atormentarem....


Eram 12 Horas o rumo foi retomado e a dificuldade do dia aproximava-se, primeiro por estrada até á Portela do Alvito onde pensava-mos comer alguma coisa , mas segundo o Homem da Gasolineira os Patrões da tasca Tinham ido “Jantar” e não tinham deixado a chave.......

Daqui em diante Chegavam novamente os trilhos , a grande subida que nos levaria a santo António do Vale de Poldros e a 1073 metros de altitude, Começando com uma inclinação suave e numa zona arborizada com lindos cedros, o trilhos era convidativo apesar do calor.

Mas a Peneda depressa mostrou as suas entranhas , as pedras e a inclinação tomaram conta do chão o que nos obrigou a caminhar penosamente pela serra acima, talvez uma dezena de kms que um iluminado descobriu nas entranhas do GE, e onde pela primeira vez as malditas caimbras tomaram conta das minhas pernas.

As minha contorções nervosas eram rosas para o meu companheiro Myrage que via o seu ego encher até ao limite.....

Foi com gestão de esforço que me deparei com a coisa mais bizarra que vi no btt, subir 1073 para nos dois kms seguintes descer até á cota 170.
O final seria rolante até a Monção. Onde nos esperava o carro vassoura e nos levar de novo a Ponte de Lima...

Deixo um Aviso este trajecto de 95 kms com 2130 meros de acumulado não vale o esforço para alguém de mente Sadia e madura....

Fotos